Realmente, a democratização da internet vem fazendo o mundo girar. O Youtube, criado em 2005, um dos mais populares e acessado banco de vídeos, reúne em seu acervo os mais diferentes tipos de assunto, desde vídeos profissionais (como videoclipes e vídeos reproduzidos na televisão) até os mais chulos, pois é permitido que qualquer pessoa cadastrada, poste qualquer coisa. Essa gigantesca miscelânea de vídeos agrega vídeos com material informativo de altíssima qualidade, em meio a muitos de baixíssima qualidade informativa. Essa “salada de frutas” acaba dificultando a recuperação de que realmente se deseja. Há também outros bancos de vídeos como o Google Videos e o Vimeo.
Uma vez que utilizemos vídeos pertinentes, podemos levá-los à sala de aula. Este recurso é utilizado por diversos professores, desde o ensino infantil, com filmes animados que retratam situações e sentimentos que podem ser relacionados às crianças, como na faculdade, com representação de experimentos químicos, físicos complexos, como palestras de pessoas influentes da área, etc.
Em relação ao uso de vídeos na sala de aula, Moran (1995) afirma que “o vídeo está umbilicalmente ligado à televisão e a um contexto de lazer, e entretenimento, que passa imperceptivelmente para a sala de aula.”MORAN, 1995, documento eletrônico), o que facilita o envolvimento do aluno, pois este não se sente na obrigação, na imposição da sala de aula. Porém Moran também afirma que deve cuidados na utilização dos vídeos, pois estes devem ter assuntos pertinentes e não serem utilizados como “tapa buraco”, como na ausência de um professor. O vídeo também deve ser relacionado com a matéria, e não pode ser passado para os alunos sem uma discussão, como também não deve ser passado com muita frequência, pois pode ser desvalorizado e ser associado a não ter aula.
A busca de vídeos para ser apresentado em sala de aula é muito realizada no Youtube. Para diminuir a miscelânea e auxiliar professores e universidades, foi criado o Youtube Edu, que reúne vídeos informativos, aulas de educação à distância, simpósios, conferências, palestras, entre outros. A disponibilização é paga, o que diminui que a introdução de vídeos inoportunos ao acervo. Em relação aos vídeos, Dallacosta diz que “[...] o uso de vídeos em geral e em especial do vídeo digital é um facilitador das aprendizagens, propiciando situações de ação, interação e pesquisa visando um desenvolvimento integral do sujeito.” (DALLACOSTA, 2007, documento eletrônico).
Com isso, podemos afirmar (inclusive por experiência própria), que o recurso audiovisual é extremamente enriquecedor para a sala de aula, ainda mais com a facilidade de acesso a eles, que com certeza irão contribuir cada vez mais para que as aulas sejam interessantes e repletas de descobertas.
O vídeo ¿Dónde está el libro? é uma filmagem caseira interessante de como um indivíduo encontra um livro.
Referência
DALLACOSTA, Adriana et al. O Vídeo Digital e a Educação. In: CICLO DE PALESTRAS SOBRE NOVAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO, 9., 2007, Porto Alegre. Anais..., Porto Alegre: UFRGS, 2007, p. 1-10. Disponível em:
MORAN, José Manuel. O vídeo na sala de aula. Comunicação & Educação, São Paulo, n. 2, p. 27-35, jan.-abr. 1995. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/vidsal.htm Acesso em: 24 abr. 2010.
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